sábado, 10 de março de 2012

Mães da Natureza

I
Mãe vaca dá bezerrinho
E mãe égua cavalinho,
Mãe cabra dá cabritinho…
Qual delas melhor mãe,
Para o mal e para o bem?
Que meninos tão ladinos,
Começam logo a andar,
Vão às mães se aconchegar
P´ra lhes darem de mamar,
E assim os poderem criar.


II
A gata com os seus gatinhos,
A cadela com os cãezinhos,
Como elas são carinhosas!
Às vezes tão amorosas,
Que a gata cria o cãozinho
E a cadela o gatinho.


III
Aos passarinhos no ninho
Dão carinhos pai e mãe.
Mas, quando o perigo vem,
Fogem rolas, fogem melros,
E fogem pombas também.
Só as aves de rapina
Não fogem, não, de ninguem,
Correm com os predadores,
Ciosas dos seus amores!
Pelicanos rasgam o peito
Para os alimentar...
Pica-paus e papagaios
Mais tempo os vão cuidar







IV
Mãe coruja tem corujinhos
Que lindos os os meus filhinhos,
Tão espertos e perfeitinhos,
Diz à águia bem contente,
Se os vires, toma cuidado,
E não lhe metas o dente...
Viu a águia uns coitados,
Bem feios e depenados,
De olhos esbugalhados,
Sem graça, mal amanhados!
Não são da coruja, pensou,
E num instante os papou...
A coruja, triste ficou,
Nunca mais se consolou.
E, chorosa, assim pensou:
Meus corujos, uma beleza,
Águia feia, águia malvada,
Coisa má da natureza...
Amor de Mãe e mais nada!


V
Tartarugas e lagartos,
Rãs e sapos e serpentes,
Põem mil ovos sem fim...
São tantos os descendentes,
Nem os conhecem assim!
Mãe jacaré é excepção:
Trata  o ninho com cuidado,
Ajuda os filhos a nascer,
Depois, adeus... lá se vão...
Lá se vão... até morrer!








VI

Mães humanas!?... Que  falar?...
Tanto havia p´ra dizer...
Gerar.. cuidar…
Nutrir… Educar…
Tanto partilhar e sofrer…,
Desde o nascimento até morrer
Elas nos amam…
Sem esmorecer!




VII

Para toda a criação:
Grandes, velhos, pequeninos,
Bichos mansos e felinos
Dia da Mãe! Que beleza!
São elas que, de certeza,
Os guardam no coração!