segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A matemática...será uma maçada? E não serve para nada


A MATEMÁTICA...  SERÁ UMA MAÇADA?...

E NÃO SERVE PARA NADA?...

 

Estou aqui a pensar...
Porqu´ é que os meninos,
Da Matemática,
Não hão-de gostar?...
É assim tão feia?
Parece uma baleia,
A correr e a saltar,
Numa colmeia,
De pernas para o ar?


Antes de ir pr´a escola
Aprendi a contar,
Que confusão na minha tola!
Não sabia continuar...
Os números, em sentido.
Ordenados, a marchar...
Era bem mais divertido
Se contássemos ao calhar!
 

Na escola,
Tive de aprender
A fazer contas,
Ler e escrever.
Algarismos desajeitados!...
Seriam mais engraçados,
Se o um fosse um gato,
O dois um sapato,
O três um tambor
E o quatro uma flor!

 
Às vezes, sem querer
E sem ninguém ver,
Saíam-me virados,
De pernas para o ar,
Ou a recuar...
Para tudo ficar bem,
O melhor era…
Virar a folha também!
 

E a tabuada?
Grande maçada?
Aquela lengalenga
Tinha piada,
Se fosse a cantar...
Sempre a repetir...
Somar e subtrair...
Multiplicar e dividir...
 

E eu a pensar...
Para que serve  isto?
Para que hei-de aqui andar?
A desenhar números,
A contar,
A fazer operações
E a dizer para os meus botões:
A matemática é uma maçada,
Não serve para nada!...
 

O  tempo passou...
Números, operações,
Trabalhos e ilusões,
Tudo em mim ficou.
E agora é contar
Sem nunca errar!
Resolver problemas
Sem me ralar!


E a baleia
Dentro da colmeia?
Será razoável?
Ou impensável?
É um problema a resolver:
Quanto pesa a baleia?
As medidas da colmeia?
As abelhas que vão fazer?
 

O desafio é divertido!
Problemas?... Contem comigo,
Vamos lá trabalhar:
Reunir informação, deduzir,
Pensar, conjecturar,
Experimentar e concluir!
 

E que grande conclusão:
Ou a baleia é um balão,
Ou a colmeia um casarão!
Para as abelhas defender,
Alguns calculos vou fazer,
E por fim converter
O balão num balãozinho...
E o casarão num ninho...

 

E agora?...  Volto a dizer:
A matemática é uma maçada
Que não serve para nada?
Com ela sei pensar,
Só ela me pode ajudar!
Tudo ia ao fundo
Se não fosse a matemática,
No mundo.
E o pobre do homem
Sem raciocinar…
Não passava de um macaco
Sem asas para voar!...

 

 

 

 


                        Para a minha neta Madalena que gosta muito de Matemática

 

 

                                                           Serra da Amoreira, 28 de Janeiro de 2009

 

                                                                                 

                                                                       Da Avóinha Sãozinha

sexta-feira, 26 de outubro de 2012


 

A TUA HISTÓRIA

  
Queria  contar uma história...
Não sei como começar...
Vou puxar pela cabeça,
Até que ela apareça!
Um. dois, três,...
Puxo, puxo... e outra vez...
E a história lá vem!
É tua e minha
E de mais ninguém.
Tu podes escolher:
Animais?
Burros ou pardais?
Pessoas?
Grandes? Pequenas? Más ou boas?
Flores?
Com muitas cores?
Não? Não queres nada assim?
Queres é a história de um pinguim!

 
........................................................

 
O nosso pinguim
Chama-se Joaquim.
Vive no Norte, nas terras frias,
Com o pai, a mãe e as tias.
Quando o frio aperta
E o vento vem,
Dorme, escondido,
Na asa da mãe!
Come o peixe
Que o pai pescou,
Mas o frio aumenta
E a água gelou...

 
Já não há peixes
Para pescar
E o pai do Joaquim
Tem de emigrar...
Ficam, a mãe e as tias,
Cada uma com suas crias.
Vão comendo os restos
Que o pai deixou.
E o Joaquim, sem perceber,
Pergunta à mãe:
Que vai acontecer,
Se a comida acabar
E o pai não voltar?
Reunem-se a mãe e as tias,
Para deliberar,
E resolvem andar...
Noite e dia...
Caminhar... caminhar...
Na direcção do sul,
Sem nunca parar...
Para os pais encontrar...
E lá vai o Joaquim,
O nosso pinguim,
Aos tombos, mal sabe andar,
Entre as patas da mãe,
A rebolar e a chorar...
Mas sempre a caminhar...
Até o pai encontrar!


Encontram-se por fim...
Viva! Viva Joaquim!
Os pais vêm cansados,
Cheios de peixe, derreados,
Mas tão entusiasmados!
Começa logo o festim!
Viva! Viva Joaquim!
Comem até fartar,
Volta a força, a energia,
Brincar e dançar,
É uma alegria!...
E depois... Descansar...
                  De papo para o ar...


O tempo passou...
O Joaquim mudou:
Tão apessoado!
Camisa branca,
Casaca preta,
Bem penteado.
Diz adeus ao pai e à mãe.
E com a sua “pingúinha”,
Lá vai também,
Repetir o fado...
De novo recomeçado!

 

 

Serra da Amoreira, 29 de outubro de 2008

Para a minha neta,  Maria da Assunção,

no dia dos seus treze anos

 

                                                   Da Avóinha Sãozinha

PARA O ANTÓNIO

 

 

Era uma vez um menino

Que não sabia contar...

Grande e bela cabecinha,

Tinha tanto que pensar...

Era vê-la a rodopiar...

 

Um, dois, cinco, sete,

Treze, vinte, trinta e sete...

Que coisa desengraçada!

Não tem vida, nem tem nada...

P’ra que me hei-de eu ralar?...

 

Vestiram-se os números de gente,

Pensou-se uma história bonita,

Ficou o menino tão contente...

Que à noite, nesse dia

Já todos os números sabia!

 

O “pequeno da Avóinha”

Com as graças que Deus lhe deu,

Por este mundo a cirandar...

Amou, viveu e sofreu,

A todos procurou ajudar...

 

Fez-se homem. Pensa bem,

Mas a criança que era

Continua a ser também,

A árvore vem da semente,

O Filho é sempre da Mãe!...

 

 

                            Serra da Amoreira, Outubro de 2007

Um beijo muito grande da

         Avóinha Sãozinha

Amor é…

 

Amor dos avós pelos  netos é, quando os netos vêm cá a casa e estão todo o tempo a ver televisão e a jogar com a Play Station, mesmo assim os Avós ficam cheios de saudades quando eles vão embora e com imensa pena de não estarem mais tempo com eles.

 

Amor dos netos  pela Avó é:

     Ler para a avó, mesmo  com  tom castiço, quando a Avó está em baixo…

 
    Quando a Avó está doente,passar noites ao pé da Avó
sem dormir, para lhe dar apoio…

   Emprestar a Avó o seu tesouro de ouvir música, e ficar sem ele
        muito tempo só para a Avó se deliciar…

   Ensinar a Avó a usar o computador…

   Estar muito quietinho ao pé da Avó e dar-lhe um abraço…

   Escrever coisas no e-mail que envaidecem a Avó…

   Escrever que a avó é muito melhor que o computador…

  Dizer adeus e Tchau quando não sabe ainda falar…

       Etc. …, etc. …

sexta-feira, 20 de abril de 2012

A Lagarta e o João Gaspar

A LAGARTA E O JOÃO GASPAR


Era uma vez uma lagarta,
Uma lagarta esforçada.
Andava e lagartava…
Lagartava e andava…
Mas nunca chegava,
Só se cansava…

A lagarta andava…
A seguir parava…
Agora descansava,
Logo recomeçava…

E o João Gaspar,
De rabito no ar,
Espiava a lagarta
Sem desanimar!...

Chamava, a Mãe,
Para almoçar,
Nem respondia
O Joáo Gaspar!

Tão concentrado,
Sem pestanejar,
Encantado
Com o lagartar!...

Tanto espiou
Que se cansou,
De mansinho
Adormeceu… e sonhou:

Estava à mesa,
A almoçar…
E a seu lado
A lagarta… a conversar!

De garfo e faca,
Com correcção,
Comia e bebia
E cortava o pão!

E sorria…
Toda contente,
Limpava a boca
E dava ao dente…

E o João Gaspar
Comia também,
E entusiasmado,
Chamava a Mãe:

Vem ver
A lagarta a comer!
…Bateu as palmas,
E acordou sem querer.

Os olhos abriu,
Que desilusão!
A lagarta fugiu…
E ele… no chão!

OMeu Cavalo Bolacha Maria

O MEU CAVALO “BOLACHA MARIA”

Eu gosto tanto do meu cavalo...
Do meu cavalo “Bolacha Maria”.

Corro com ele noite e dia,
Sem descanso e sem parar,
Sempre a andar... e a sonhar...

Corremos nas pradarias,
Mas também no meu quintal,
Basta-me fechar os olhos, e ver
O meu cavalo a correr...

Corre tanto como o vento,
O vento da imaginação,
Leva-o longe o pensamento,
Voa com o meu coração!

O cavalo é o meu segredo,
Ninguém mo pode tirar
Já não sei o que é ter medo:
Nem de monstros ao luar,
Nem foguetes a estoirar!

Meu querido“Bolacha Maria”
Queria nunca te perder,
És a minha companhia
Aconteça o que acontecer...

sábado, 10 de março de 2012

Mães da Natureza

I
Mãe vaca dá bezerrinho
E mãe égua cavalinho,
Mãe cabra dá cabritinho…
Qual delas melhor mãe,
Para o mal e para o bem?
Que meninos tão ladinos,
Começam logo a andar,
Vão às mães se aconchegar
P´ra lhes darem de mamar,
E assim os poderem criar.


II
A gata com os seus gatinhos,
A cadela com os cãezinhos,
Como elas são carinhosas!
Às vezes tão amorosas,
Que a gata cria o cãozinho
E a cadela o gatinho.


III
Aos passarinhos no ninho
Dão carinhos pai e mãe.
Mas, quando o perigo vem,
Fogem rolas, fogem melros,
E fogem pombas também.
Só as aves de rapina
Não fogem, não, de ninguem,
Correm com os predadores,
Ciosas dos seus amores!
Pelicanos rasgam o peito
Para os alimentar...
Pica-paus e papagaios
Mais tempo os vão cuidar







IV
Mãe coruja tem corujinhos
Que lindos os os meus filhinhos,
Tão espertos e perfeitinhos,
Diz à águia bem contente,
Se os vires, toma cuidado,
E não lhe metas o dente...
Viu a águia uns coitados,
Bem feios e depenados,
De olhos esbugalhados,
Sem graça, mal amanhados!
Não são da coruja, pensou,
E num instante os papou...
A coruja, triste ficou,
Nunca mais se consolou.
E, chorosa, assim pensou:
Meus corujos, uma beleza,
Águia feia, águia malvada,
Coisa má da natureza...
Amor de Mãe e mais nada!


V
Tartarugas e lagartos,
Rãs e sapos e serpentes,
Põem mil ovos sem fim...
São tantos os descendentes,
Nem os conhecem assim!
Mãe jacaré é excepção:
Trata  o ninho com cuidado,
Ajuda os filhos a nascer,
Depois, adeus... lá se vão...
Lá se vão... até morrer!








VI

Mães humanas!?... Que  falar?...
Tanto havia p´ra dizer...
Gerar.. cuidar…
Nutrir… Educar…
Tanto partilhar e sofrer…,
Desde o nascimento até morrer
Elas nos amam…
Sem esmorecer!




VII

Para toda a criação:
Grandes, velhos, pequeninos,
Bichos mansos e felinos
Dia da Mãe! Que beleza!
São elas que, de certeza,
Os guardam no coração!