HISTÓRIA DO RATO RATECO E DA RATINHA FILÓ
O Rateco e a Filó vivem em casa da Avóinha, na Serra da Amoreira, debaixo do armário da cozinha. São muito meus amigos.
Quando lá estou sozinha, sem ninguém ver, Dom Rateco e Menina Filó saiem do seu buraquinho e vêm até cá fora. Como são ratos especiais conversam muito e eu trato-os bem. Dou-lhes papinhas: queijo, pão, doces; e também coisas pequeninas para arranjarem a sua casa: trapinhos para cobertores, caixas de fósforos vazias para fazerem a mobília e até um dedal para fazer de lavatório.
A casa deles é muito bonita: tem janelas e cortinas e até jarrinhas com flores.
Nas nossas conversas falamos dos netos da Avóinha. Uns maiores outros mais pequenos, algumas meninas e também rapazes.
E falamos de outros meninos que a Avóinha conhece ou não conhece, que lêm esta história ou a ouvem contar… Os ratinhos queriam muito conhecer todos os meus amigos, mas são tão envergonhados. Quando aparecem meninos que os querem ver, escondem-se sempre debaixo do armário. E os meninos ficam tristes e a Avóinha fica triste e os ratos... cheios de medo!
Por isso, agora, vou tentar ajudá-los a perder a vergonha e o medo. Arranjei umas botas e uma jaqueta para o Rateco e uma saia rodada e um chapelinho para a Menina Filó. Que bonitos eles ficaram! Comprei-lhes uns bilhetes pequeninos para o autocarro e mandei-os passear. Ah, esquecia-me de dizer: Também comprei uma carteira para pôr a tiracolo, para a Filó e um guarda-chuva para o Dom Rateco.
Gostaram muito do passeio que contarei numa próxima história… e prometo-vos, se se portarem bem, mais histórias destes ratinhos tão engraçados, que afinal vivem na imaginação . da Avóinha
Sabem, meninos, estes ratinhos são o segredo da Avóinha e são tão velhinhos que também já eram o segredo da Bisavó e se continuarem a ter vergonha e a não se quererem mostrar, um dia passarão a ser o segredo das vossas Mães, quando os meninos forem grandes e tiverem filhos e as vossas Mães passarem a ser avóinhas.
Serra da Amoreira, 27 de Janeiro de 1996
Maria da Assunção Ferraz de Oliveira
O Rateco e a Filó vivem em casa da Avóinha, na Serra da Amoreira, debaixo do armário da cozinha. São muito meus amigos.
Quando lá estou sozinha, sem ninguém ver, Dom Rateco e Menina Filó saiem do seu buraquinho e vêm até cá fora. Como são ratos especiais conversam muito e eu trato-os bem. Dou-lhes papinhas: queijo, pão, doces; e também coisas pequeninas para arranjarem a sua casa: trapinhos para cobertores, caixas de fósforos vazias para fazerem a mobília e até um dedal para fazer de lavatório.
A casa deles é muito bonita: tem janelas e cortinas e até jarrinhas com flores.
Nas nossas conversas falamos dos netos da Avóinha. Uns maiores outros mais pequenos, algumas meninas e também rapazes.
E falamos de outros meninos que a Avóinha conhece ou não conhece, que lêm esta história ou a ouvem contar… Os ratinhos queriam muito conhecer todos os meus amigos, mas são tão envergonhados. Quando aparecem meninos que os querem ver, escondem-se sempre debaixo do armário. E os meninos ficam tristes e a Avóinha fica triste e os ratos... cheios de medo!
Por isso, agora, vou tentar ajudá-los a perder a vergonha e o medo. Arranjei umas botas e uma jaqueta para o Rateco e uma saia rodada e um chapelinho para a Menina Filó. Que bonitos eles ficaram! Comprei-lhes uns bilhetes pequeninos para o autocarro e mandei-os passear. Ah, esquecia-me de dizer: Também comprei uma carteira para pôr a tiracolo, para a Filó e um guarda-chuva para o Dom Rateco.
Gostaram muito do passeio que contarei numa próxima história… e prometo-vos, se se portarem bem, mais histórias destes ratinhos tão engraçados, que afinal vivem na imaginação . da Avóinha
Sabem, meninos, estes ratinhos são o segredo da Avóinha e são tão velhinhos que também já eram o segredo da Bisavó e se continuarem a ter vergonha e a não se quererem mostrar, um dia passarão a ser o segredo das vossas Mães, quando os meninos forem grandes e tiverem filhos e as vossas Mães passarem a ser avóinhas.
Serra da Amoreira, 27 de Janeiro de 1996
Maria da Assunção Ferraz de Oliveira