sexta-feira, 26 de outubro de 2012


PARA O ANTÓNIO

 

 

Era uma vez um menino

Que não sabia contar...

Grande e bela cabecinha,

Tinha tanto que pensar...

Era vê-la a rodopiar...

 

Um, dois, cinco, sete,

Treze, vinte, trinta e sete...

Que coisa desengraçada!

Não tem vida, nem tem nada...

P’ra que me hei-de eu ralar?...

 

Vestiram-se os números de gente,

Pensou-se uma história bonita,

Ficou o menino tão contente...

Que à noite, nesse dia

Já todos os números sabia!

 

O “pequeno da Avóinha”

Com as graças que Deus lhe deu,

Por este mundo a cirandar...

Amou, viveu e sofreu,

A todos procurou ajudar...

 

Fez-se homem. Pensa bem,

Mas a criança que era

Continua a ser também,

A árvore vem da semente,

O Filho é sempre da Mãe!...

 

 

                            Serra da Amoreira, Outubro de 2007

Um beijo muito grande da

         Avóinha Sãozinha

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