sexta-feira, 24 de outubro de 2008

"Contaria"

Um dia a Maria
Resolveu contar...
Contar, contar,
Sem descansar...
Contar noite e dia.
Sempre à porfia,
Sem nunca parar!...

Um – “Pirum”
Dois – Bois
Três - Inglês
Quatro – A sopa está no prato
Cinco – Maria do Brinco
Seis – Maria dos Reis
Sete – Escarrapachete
Oito – Biscoito
Nove – Quem padece é o pobre
Dez – Chega a barriga aos pés
Onze – Cavalo de bronze
Doze – Redoze, vinte e quatro são catorze

Esta lenga-lenga
Já ela sabia,
A Mãe lha contou
Certo dia...
Mas sempre a sonhar,
A Maria
Resolveu inventar
Outra nova “contaria”:

Um – Só este e mais nenhum
Dois – Vem depois
Três – Um de cada vez
Quatro – Perdeu o sapato
ou
Correu atraz do gato
Cinco – Contigo não brinco
Seis – Bem sabeis o que fazeis
Sete – Maria Odete, faz xixi na retrete
Oito – Quem comeu o meu biscoito?
Nove – Mexe, mexe, move, move
Dez – A galinha tem três pés
Onze – Cobre, latão e bronze
Doze – Rosa em francês é “rose”

A Maria gostou
Da sua “contaria”!
E pensou:
Se aos pares eu contar,
Outra rima vou achar,
A brincar!...
Sempre a brincar!...

Dois – Uma junta de bois
Quatro – Dois pares de sapatos
Seis – Três parelhas de reis
Oito – Uma lata de biscoito
(mas só podes comer oito)
Dez – Cinco meninos, quantos pés?
Doze – Seta casais são catorze,
menos um ficam doze

Continuou a contar
A Maria:
Três, seis, nove, doze,...
Nesta “contaria”
Só triplos havia!
Quatro, oito, doze, desasseis,...
Agora eram quádruplos
Que seguiam as leis!
Cinco, dez, quinze, vinte,...
Seis, doze, dezoito,...
Sete, catorze, vinte e um,...
Havia sempre mais algum!

E a Maria, cansada,
Quase sem respirar,
Continuava a contar...
A contar...
Sem nunca acabar!

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